Crise? Desemprego? Venda batata, bolo e bala

Incrível a capacidade dos brasileiros e brasileiras em dar a volta por cima! Impressionante e admirável como nós, seres humanos, temos a capacidade de nos adaptarmos a qualquer situação, por mais que ainda não a tenhamos presenciado ou passado pela mesma.

Não são todos mas, uma pequena parte, dos que estão desempregados ou sem atividade remunerada, que pensam “fora da caixa”, saem da zona de conforto e vão à luta, são pessoas simples e humildes e, em sua maioria, não tem formação universitária ou alguma especialização, querem, apenas, sobreviver e vencer!

Realmente são pessoas extraordinárias pois, apesar de todos os problemas e adversidades que a vida e a situação do país nos impõe, têm ATITUDES e DETERMINAÇÃO para não participarem da crise ou de qualquer anormalidade que exista no mercado, como se isso simplesmente não existisse ou não fizesse parte de suas vidas.

É certo que a competitividade e a criatividade fazem parte integrante de todos os sonhos destas pessoas, que, muitas vezes, sem planejamento algum, têm apenas com o comprometimento pessoal e muita vontade de fazer a diferença.

É preciso acreditar em você mesmo, ter persistência, ter vontade, ter fé em Deus e na sua ideia, ter atitude e certeza da realização e concretização dos seus sonhos: ação!

Conheci, há alguns dias, ao sair da Igreja, um rapaz, de uns 17 ou 18 anos, que, com sua irmã, de uns 13 anos, estavam atendendo algumas dezenas de pessoas na garagem da casa e fui ver do que se tratava: venda de batata frita na hora, com vários tipos de molhos diferentes, além de coxinhas, croquetes e outros salgados. Os preços, variados, iam de R$ 3,00 à R$ 6,00 fora os refrigerantes. Conversando com o mesmo, depois de atenderem a todos, me informei a respeito do negócio. Abriam, às 2ª. 4ª. 5ª., 6ª. e domingos, das 19.00 às 22.00 horas e vendiam, em média, R$ 450,00 por dia com um lucro, calculado por eles, de 50%. Iniciaram o negócio em Janeiro, com um pequeno capital, emprestado pelo pai, para comprar uma máquina de fritar batatas e uma geladeira, e já tinham conseguido pagar o empréstimo do capital inicial, comprar mais alguns equipamentos e, tinham na poupança R$ 35 mil, que seriam utilizados para pagar suas faculdades e investirem mais em seu pequeno negócio.

Na Rocinha, comunidade no Rio de Janeiro, onde estive no final de julho, durante 15 dias, tive a oportunidade de conhecer a Bruna e a Luciana. Ambas, há pouco mais de 2 meses, resolveram sair da empresa onde os maridos são sócios, e iniciarem o seu próprio negócio, apenas para não dependerem de seus maridos e terem o seu próprio dinheirinho. A Bruna começou a fazer Brigadeiros, colocava tudo em uma cesta, vestia-se com toca e avental que confeccionou especialmente para esta atividade, vai até outra comunidade chamada Rio das Pedras, e lá vende toda a sua produção diária de 80 brigadeiros. Volta para casa, depois de 2 ou 3 horas de trabalho, já com tudo vendido. A Luciana especializou-se em Bolo em pote, fabrica diariamente 100 potes e vende na própria comunidade, também em algumas horas. A Bruna está economizando para comprar um carro e a Luciana, um dia antes de voltar à Guarulhos, a vi comprando uma moto, para realizar um antigo sonho.

Uma senhora, aqui perto de onde moro, em Guarulhos, vende balas e doces, no ponto de ônibus, conversando com a mesma me disse que vende, em média, R$ 150,00 por dia, com um lucro, também, de 50%. Isso ajuda a pagar as contas e consegue guardar um dinheirinho para os filhos.

Eu, em 1982, não conseguia emprego de jeito nenhum, casado e com duas filhas, me vi sem alternativas. Consegui, com meus pais, alguns produtos de malha que vendiam, peguei em consignação e fui para a feira vender. Chegava na feira às 4.00 horas para guardar lugar e às 7.30, mais ou menos, minha esposa com as duas filhas, uma no colo, vinha me trazer um café e um pão para comer. Ali eu ficava até as 13.00 horas. E vendia bem, graças a Deus. Com esta atividade, sem nenhuma experiência em vendas, muito tímido ainda, com vergonha e sem saber abordar as pessoas, fui aprendendo tudo a respeito de como atender o cliente, como vender mais, e algumas técnicas de vendas, ainda desconhecidas para mim e muitas outras coisas. Durante um ano e meio sobrevivi com esta atividade e ainda guardei um bom dinheiro, até o dia que consegui um emprego e voltei para a minha área, que tanto amo.

Aqui eu não vou entrar no mérito de estarem exercendo a atividade devidamente legalizados, se gostam ou não, ou com as respectivas licenças da vigilância sanitária ou se tem firma aberta ou se estão pagando seus impostos decorrentes da mesma, não é este o ponto, embora tudo isso seja, pela Lei, necessário. Todas estes atividades, mencionadas acima, geram um bom faturamento e rendem, líquido, de R$ 1.500 à R$ 6.000,00 por mês, tornando-se muito atraente para muitas pessoas.

Sei, também, que não é fácil, principalmente para as mulheres casadas e com filhos, exercerem outra atividade pois ainda continuam “Donas de Casa”, tendo que cuidar da casa, dos filhos e do marido que, muitas vezes, vê esta outra atividade como concorrente. Neste caso, sugiro que as mesmas tenham uma pessoa para ajudar nas tarefas diárias, minimizando a falta que fazem.

O que eu quero passar para todos é que é possível você fazer o que quiser, mesmo sem experiência ou até mesmo sem gostar, pela necessidade ou pela situação provisória que está passando ou, simplesmente, para realizar o sonho de ter o próprio negócio e ser independente financeiramente, podendo, inclusive, colaborar nas despesas da casa.

É possível sim! Investir com pouco dinheiro ou quase anda, apenas tendo ATITUDE e DETERMINAÇÃO, fatores essenciais para qualquer tipo de atividade, vai que você gosta e continua, não pode é ter vergonha pois é uma atividade lícita como outra qualquer, tem que ter coragem e humildade, colocar a timidez no bolso e ir à luta, diariamente, foi o que eu fiz, como se fosse um tremendo “cara de pau”.

Existem centenas de atividades que você pode executar, até mesmo sem um grande capital e, de repente, descobrir que nasceu para fazer isso mesmo e crescer de todas as formas possíveis exercendo a mesma, não tenha medo de agir, enfrente tudo e vá atrás do seu objetivo!

Estou finalizando um livro com 150 exemplos destas atividades que você, se estiver determinado a não fazer parte desta crise, possa ler e escolher uma ou duas delas e seguir em frente, sem se importar com o que possam pensar a respeito e com o firme propósito de fazer algo novo para você e, quem sabe, sua família. Vou aproveitar, neste mesmo E-book, e acrescentar várias histórias que já tenho de pessoas que fizeram sucesso e de outras que perderam tudo em suas tentativas a ter um negócio. Eu gostaria, se você concordar em participar, de contar também a sua história, se tiver uma, seja de sucesso ou não, para que sirva de exemplo, motivação e aprendizado para outros.

Se quiser saber mais a respeito do mesmo, inclusive para enviar a sua história, envie e-mail para wilson.giglio@mentordenegocios.com.br , com o Assunto: Livro e aguarde o meu retorno com mais detalhes, pois, tenho certeza, o mesmo te ajudará a fazer alguma escolha, a partir do lançamento no início de Outubro.

Tenha fé, perseverança, determinação e atitude, você verá que vale a pena!

Até porque, qualquer situação que tenhamos que passar, sempre nos traz uma lição de vida!

Portanto, respira fundo e vai! E se der medo, vai com medo mesmo! Vamu Q vamu!!!

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